As mulheres são sempre coadjuvantes em programas esportivos?
Opinar sobre contratações, escalações e esquemas táticos: o que falta para as mulheres do futebol conquistarem esse espaço?

No cenário do Jornalismo Esportivo não existem dados concretos sobre a participação feminina. Segundo a ABJ (Associação Brasileira de Jornalistas), 64% dos profissionais de jornalismo são mulheres. A profissão se apresenta em sua maioria feminina, entretanto no âmbito esportivo é explicito o domínio dos homens.
É escasso encontrar mulheres exercendo papeis de destaque nos programas esportivos, geralmente servem de elo entre o público e os comentaristas. Raras são as exceções, como é o caso da jornalista Clara Albuquerque que trabalhou muitos anos em transmissões ao vivo como comentarista pelo canal Esporte Interativo. Hoje, a jornalista trabalha como correspondente na Itália.
Outro exemplo é a apresentadora Renata Fan que tem total protagonismo em seu programa na TV Bandeirantes. Além de apresentar, Renata também comenta e a sua opinião é completamente respeitada e aceita pelos outros comentaristas do programa. É um começo.
Recentemente, Nadine Bastos, ex-árbitra assistente, fez sua estreia nos canais Fox Sports como comentarista de arbitragem. Ela é a primeira mulher a comentar arbitragem em uma emissora de destaque no Brasil. O curioso é que as primeiras mulheres a apitarem partidas de futebol surgiram na década de 70 e somente 47 anos mais tarde vê-se uma mulher ocupando essa posição em um programa esportivo.
É fato que existe a necessidade de dar maior protagonismo às mulheres nos programas esportivos. De nada adianta pregar por igualdade de gêneros se não existe abertura para se quebrar paradigmas. Em qual programa é possível observar uma mulher opinando a respeito de contratações, escalações e esquemas táticos? (Sem levar em conta raríssimas exceções). Na maioria das vezes em que está presente a mulher, trata-se de uma figura meramente ilustrativa.
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