Uma noite para ficar na história da Libertadores

Atlético-PR e Santos se garantiram no Mata-Mata da Libertadores 2017 de forma memorável. E Flamengo pagou o preço pelos resultados inesperados.



A noite de 17 de maio de 2017 ficará, com certeza, registrada na história do Futebol Brasileiro na Taça Libertadores. O país, que pela primeira vez, tem 8 representantes na competição, conseguiu classificar dois deles para as Oitavas de Final, manter a esperança de classificação para mais um e por outro lado, também conseguiu sua primeira eliminação no torneio.

Os jogos dos brasileiros começaram às 19:30h, quando o Santos enfrentou o The Strongest em La Paz. Na altitude de mais de 3.550 m do Estádio Hernando Siles, o Peixe buscava além da vaga antecipada para a próxima fase, manter a sua invencibilidade na atual fase de grupos. Após perder Bruno Henrique expulso aos 22 minutos da etapa inicial e aos 39 sofrer o gol de Chumacero, o time de Dorival Júnior lutou heroicamente contra o adversário e contra o seu próprio cansaço e alcançou o empate em bela jogada de Lucas Lima - que voltou a jogar bem - para Vitor Bueno. No final, Pablo Escobar ainda desperdiçou um pênalti cobrando por cima.

Já às 21:45h, mais três confrontos de brasileiros: Lanús x Chapecoense, Universidad Católica x Atlético-PR e San Lorenzo x Flamengo.



A Chape, após o título estadual, voltou a reviver seus momentos de glórias internacionais. Para se manter viva na Libertadores, a equipe catarinense precisava de uma vitória contra o Lanús na Argentina. A missão parecia ser mais difícil ainda levando em conta que em Chapecó, os argentinos saíram vitoriosos de virada. A história parecia se repetir: logo aos 23 minutos, Wellington Paulista abriu o placar para os brasileiros. Posteriormente, Sand empatou. Com esse resultado, os comandados de Mancini estavam sendo eliminados do campeonato. Estavam, mas não foram graças ao zagueiro Luiz Otávio, que se antecipou do goleiro e marcou de cabeça.

Só isso já bastava para ser uma noite marcante, só que os Deuses do Futebol queriam mais. Pelo grupo da morte, o Furacão precisava vencer a tradicional Universidad Católica para se classificar. O que já era complicado, piorou com o gol de Santiago Silva. Se o Atlético quisesse seguir vivo, precisava mostrar que merecia a vaga - e mostrou. Os paranaenses viraram com Eduardo da Silva e Douglas Coutinho, sofreram o empate e novamente retomaram a frente com Carlos Alberto, tudo isso com o San Carlos de Apoquito lotado pela fanática torcida chilena.

Mas como toda a história tem seu vilão, ele apareceu. O nome dele é conhecido: San Lorenzo de Almagro e sua vítima foi o Flamengo. Os rubro negros podiam até sair derrotados do Nuevo Gasometro, desde que o CAP não ganhasse no Chile. Entretanto, o Mengão mostrava estar disposto a depender só dele. Mesmo estando classificado durante os 90 minutos, Rodinei abriu o placar e deixou a situação ainda mais confortável. Para ser eliminado, os cariocas precisavam de uma improvável combinação de viradas de Atlético e do próprio San Lorenzo. E elas aconteceram, Angeleri empatou o jogo e aos 47 do segundo tempo Belluschi fez o impossível.

Por: Matheus Jacomin de Moura @MatheuSClubismo | Sem Clubismo