Eduardo Baptista merecia ser demitido?

É o 4º ano consecutivo em que um técnico é demitido da equipe no meio da temporada.



Eduardo Baptista não é mais técnico do Palmeiras. A decisão de Mattos e Galliote comprova mais uma vez a filosofia presente no clube de fritar treinadores. De fato, a queda de Eduardo já era esperada. Desde sua contratação, após o título brasileiro do ano passado, seu nome era visto com desconfiança por diretores e torcedores. Um dos questionamentos mais recorrentes era: como alguém que nunca foi campeão nacional pode estar pronto para conquistar a América?

Sport: 127 jogos, 55 vitórias e 52,5% de aproveitamento.
Fluminense: 26 jogos, 8 vitórias e 37,2% de aproveitamento.
Ponte Preta: 43 jogos, 17 vitórias e 48% de aproveitamento.
Palmeiras: 23 jogos, 14 vitórias e 66,7% de aproveitamento.

Os dados comprovam que no comando palmeirense, o técnico vivia o momento mais vitorioso de sua carreira. No Fluminense, a outra equipe grande que dirigiu, o aproveitamento foi muito baixo e ele também foi demitido rapidamente. Já em times tradicionais, porém com menos pressão, o resultado foi diferente. As sexta e oitava colocações em Campeonatos Brasileiros com Sport e Ponte Preta, respectivamente, o credenciaram como um bom nome no mercado nacional.

Eduardo Baptista: 23 jogos, 14 vitórias e 66,7% de aproveitamento.
Cuca: 50 jogos, 28 vitórias e 63,3% de aproveitamento.
Marcelo Oliveira: 53 jogos, 24 vitórias e 52,2% de aproveitamento.
Oswaldo de Oliveira: 31 jogos, 17 vitórias e 62,4% de aproveitamento.

Em comparação com outros treinadores, mais uma vez os números comprovam o bom desempenho de sua equipe. Afinal, então por que Eduardo Baptista foi demitido?

Essa é uma pergunta complexa e difícil de se responder, porém existem algumas possibilidades bastantes prováveis. A torcida que canta e vibra, também pressiona e se os experientes Marcelo Oliveira e Oswaldo de Oliveira não aguentaram tamanha pressão, como um jovem de apenas 45 anos resistiria?!

Além disso, a recente discussão com um jornalista na coletiva de imprensa após a vitória contra o Peñarol no Uruguai colocava mais um adversário contra o treinador. Sem o apoio popular e da grande mídia, a sua manutenção no cargo já era algo difícil e a derrota para o Jorge Wistermann era a oportunidade certa para o rompimento do contrato.

Por fim, a diretoria palestrina, que investiu muito no elenco para essa temporada buscando o bicampeonato da Libertadores, provavelmente estaria descontente com o futebol apresentado pelo time. Mesmo com a liderança do grupo na competição continental, a qualidade do elenco palmeirense exigia vitórias mais tranquilas domínio maior sobre seus adversários, o que não vinha acontecendo.

Agora é esperar para ver quais resultados Cuca alcançará em seu retorno.

Por Matheus J. de Moura @MatheuSClubismo | Sem Clubismo